
Poegia de desabafo
- Giovanna Pace
- 20 de out. de 2021
- 1 min de leitura
Cá estou eu, escrevendo
Mais uma vez pra disfarçar tudo
Isso que tá doendo
Aqui do peito, e me faz acordar chorando
Pelo sentimento de estar devendo
Algo pra mim mesma. Parece até que sou impotente, igual quando cê é assaltado
E pode fazer nada, além de desejar que dEus o ajude a encontrar o caminho
Mas ontem eu estava andando
Pra encontrar meus amigos
E do nada, os canas
“Revista a bolsa dela”
Uma de 20 do fundao e um kunk de 20 da amendoeira
“Quer fazer alguma coisa, princesa?”
Seu poliça, não estou crendo
No que estou vendo
Será que eu que estou errando?
Depois daquilo tudo
Eu blindo
Meu coração pra que essa raiva não me consuma
E por mais que eu estivesse em bando
(No sentido de animais)
Eu me senti caindo
Num arame farpado
Quando
Aquele cana virou pro leozin
Dizendo
“Eu devia te meter a porrada aqui mesmo”
Como assim uma anti-pessoa chega ditando
As regras?
Como assim eu tenho que fumar me escondendo
Se é só uma plantinha que tá elevando
A minha energia
Enquanto isso
Os canas tão revistando
E enfiando
A bala perdida numa criança de 8 anos
Sendo
Inocente ou não
Seu poliça, pode me explicando
Como aqueles 80 tiros foram parar ali, se eles nem estavam devendo
Ou se drogando
Que nem eu
Que cresci acreditando
Que levar tapa na cara por estar fumando
Maconha era justo
Aproveitando...
Sr presidente
Você tá delirando
Achando
Que tá fazendo
O bem pra essa nação
Por favor, retire-se
Enquanto você não entende
Que pra atingir a paz
É só doando
Tudo que você tem
E tudo que você tem
É meu por direito
22.10.2019
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